A regulamentação da atividade de bombeiro voluntário enfrenta resistências no Rio Grande do Sul. Das 72 prefeituras que contam com o serviço, 28 ainda não se manifestaram sobre as novas regras criadas para uniformizar treinamentos e procedimentos. Entre elas, Farroupilha, Garibaldi, Nova Petrópolis, Tapes, São Sebastião do Caí, Charqueadas, Antônio Prado, Marau e Não-Me-Toque. Não há qualquer ilegalidade no silêncio, por enquanto. O prazo final é 31 de março. Depois disso, o Ministério Público deve entrar em campo.
Boa parte da contrariedade ao credenciamento solicitado pelo comando dos Bombeiros se dá nas localidades onde o serviço é mais estruturado. A queixa é de que não seria necessária uma interferência no que já funciona bem.
Já o comandante dos Bombeiros, coronel César Bonfanti, argumenta que é fundamental garantir que todos os municípios contem com o mesmo padrão operacional em atividades de risco não só para os bombeiros, mas também para a população. Do mergulho em águas turvas ao socorro a acidentes com produtos químicos, é preciso que haja padrões técnicos rígidos e submetidos a avaliações constantes, além de garantir que eventuais novas guarnições de bombeiros voluntários já sejam criadas dentro de parâmetros seguros e conformes com a legislação.