O Tribunal de Justiça do Estado planeja com todo o cuidado o primeiro júri do caso Kiss, marcado para 16 de março. Independentemente de recursos do MP que poderão alterar datas e locais, dezesseis setores do TJ já estão mobilizados – da Assessoria de Comunicação à Segurança. No total, o processo tem 16,6 mil páginas distribuídas em 79 volumes. O julgamento é considerado o maior da história do Judiciário estadual.
Em 27 de janeiro de 2013, quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira acionou um fogo de artifício dentro da boate, 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas. Luciano Bonilha Leão, produtor da banda na época, deverá ser julgado no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria, que tem 1,2 mil lugares, mas apenas 400 serão usados por familiares, estudantes, imprensa e público em geral. O acesso exigirá credenciamento prévio e os trabalhos serão transmitidos ao vivo, pelo site do TJ. Os outros três réus, em princípio, deverão enfrentar o júri em Porto Alegre.
Em Santa Maria, jurados e testemunhas ficarão hospedados em hotéis da cidade. Receberão alimentação e transporte fornecidos pelo Judiciário e serão acompanhados por oficiais de justiça 24 horas por dia, enquanto participarem do julgamento. A Brigada Militar e o Hospital Universitário prestarão os serviços de segurança e de saúde.