A entrega de uma medalha ao ex-candidato à Presidência pelo PT, às 11h, em Porto Alegre, é lenha na fogueira da intolerância e do radicalismo. Não pela homenagem em si, mas pela reação a ela.
Fernando Haddad não tem em seu currículo atos e posturas que justifiquem um reconhecimento desse porte pela Assembleia gaúcha, mas entendo quem pensa diferente. Logo, mesmo que não compactue com a homenagem, jamais pensei que ela não devesse ocorrer.
Até pela jurisprudência, que nos oferece um punhado de outras entregas de medalhas que, de fato, são manifestações partidárias e não reconhecimentos por serviços prestados ao Rio Grande do Sul. Portanto, entregar o Mérito Farroupilha a Fernando Haddad não é nem melhor e nem pior do que entregá-lo a tanta gente que já recebeu antes.
Há, agora, apenas uma inversão de papéis. Os que antes gritavam, agora aplaudem. Os que aplaudiam, criticam. Nada de novo sob as sombras.