Descrito como paranoico e como se tivesse a missão de vingar seus anos de raiva reprimida. Seria impossível esperar misericórdia ou tratamento humano dele. Orgulhoso de sua dureza e brutalidade. Não relutava em exibir sua onipresença. Também não admitia ser contrariado. Misógino. Desprezava minorias e demonstrava ódio à humanidade. Seus generais mais capazes, e com maior senso crítico, acabariam afastados. E tentariam derrubá-lo.
Considerava-se um predestinado. Nos discursos, também lançava mão da retórica religiosa. Possuía capacidade acima de normal de magnetizar e mobilizar as massas. Mas, no início, muitos não o levaram a sério. No fundo, era um homem atormentado. Era inseguro quando tinha de se encontrar com jornalistas ou intelectuais.
Há outra descrição. Tinha traços de sadismo. Ou seja, era alguém que ficava satisfeito ao ver o sofrimento de quem considerava um desafeto. Transformou a nação que governava em um “império da paranoia”. Não sabia diferenciar amigos e inimigos. Assim, também se livrava dos que, em um primeiro momento, pareciam aliados. Déspota, semeava o terror à sua volta.
Os dois primeiros parágrafos se referem a um perfil psicológico traçado no livro A Mente de Adolf Hitler – O Relatório Secreto que Investigou a Psique do Líder da Alemanha Nazista, do psicanalista Walter Charles Langer. Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, Langer foi contratado pelo Escritório de Serviços Estratégicos, órgão antecessor à CIA, para produzir um relatório sobre a personalidade do Führer. O terceiro parágrafo tem algumas conclusões da obra Terra Queimada: O Regime da Violência de Stalin, do alemão Jörg Baberowski.