A Justiça gaúcha voltou atrás e manteve a ordem de prisão de Danilo Vunjão Santana Gouveia, apontado como líder da fraude da pirâmide D9, que enganou muita gente Brasil afora. Só na Bahia, Estado natal de Santana, os cálculos apontam para R$ 200 milhões de lucro com o golpe. O baiano foi detido em Dubai depois de um alerta emitido pela Interpol.
O juiz Ricardo Petry Andrade, que em um primeiro momento havia determinado a prisão, revogou-a alegando “o insucesso da extradição” devido à burocracia envolvendo a tradução de documentos para o árabe.
O prazo dado pelas autoridades de Dubai para o encaminhamento dos documentos foi de 30 dias a contar de 27 de fevereiro. O Ministério da Justiça só despachou o pedido ao Fórum de Sapiranga em 16 de março.
Agora, a pedido do promotor Sérgio Cunha de Aguiar Filho, a juíza substituta do Fórum de Sapiranga reconsiderou a decisão.
O temor do MP era de que, diante da revogação do pedido de prisão, Danilo Santana fosse expulso de Dubai e desaparecesse novamente.
O advogado da Associação das Vítimas da Pirâmide, Elayan Aladdin, relata que muitas das vítimas ainda não reivindicaram oficialmente o direito ao ressarcimento. Para Elayan, quanto mais gente se unir, mais fácil ficará combater a impunidade.
Veja a reportagem do Fantástico que explica o golpe: https://glo.bo/2uTe7uD