Tulio Milman
Um partido fica três anos no governo, ocupando cargos, distribuindo verbas e se beneficiando da máquina pública. Aí, quando a eleição se aproxima, o partido sai do governo. Nos acostumamos a esse ritual como se fosse normal. Na verdade, é só mais uma aberração do sistema político brasileiro. O movimento de pseudo-rebeldia tem apenas um objetivo: iludir os eleitores com um discurso de falso descolamento. Tudo para ganhar espaço na próxima eleição e, com isso, negociar mais poder em outro governo no qual o partido ficará durante mais três anos para depois, às vésperas de uma nova eleição, decidir novamente por um rompimento fajuto.
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