O fim da contribuição obrigatória fará bem aos sindicatos. Se isso acontecer, eles deixarão de ser aparelhos ideológicos, para fazer o que já deveriam estar fazendo há muito tempo: cuidar dos interesses dos seus representados.
Como hoje não precisam se preocupar com eficiência, viraram abrigo de pseudolíderes rançosos, bolorentos e radicais. São cerca de R$ 2,5 bilhões repassados às centrais todos os anos. Sem qualquer esforço.
O trabalhador deve contribuir com o seu sindicato porque percebe nele valor e representatividade, não porque é obrigado a sustentar uma máquina capenga e, muitas vezes, incapaz de enxergar o óbvio: empresário não é sinônimo de explorador.
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O empreendedor não é um inimigo, mas um interlocutor de uma relação que pode ser de ganha-ganha. Sempre existirão pontos de divergência e de disputa. É da essência do jogo capitalista. Mas o conflito não deve ser o pressuposto dessa dinâmica.
Na situação de hoje, não são poucos os sindicatos que, em nome de uma ideologia caolha e ultrapassada, acabam contribuindo para o desemprego dos seus representados. Porque o objetivo desses líderes de ninguém é o conflito como fim e não como última opção.
Quando os sindicatos brasileiros tiverem de representar de verdade os trabalhadores, serão mais fortes. Ou desaparecerão, vítimas de sua própria insignificância, burrice e ineficiência.