Acontece na beira da praia. O Nordestão pegando forte ou o vento Sul , aquele que vem do lado de Tramandaí em direção a Torres, rasgando as canelas. Nesses casos, o melhor é ter estratégia. Saber entender a natureza e se adaptar a ela deixa o treino mais eficiente e divertido. Quatro soluções possíveis.
1. Começar contra o vento para, na volta, aproveitar o empurrão nas costas. Teoricamente, a primeira perna é a mais difícil. Ponto fraco: correr contra o vento refresca e a favor aumenta o calor. Você vai voltar mais rápido, mas vai suar mais.
2. Começar a favor do vento e voltar contra - especialmente em dias de muito calor, esse modalidade pode ajudar a tornar a segunda metade menos abafada. Na volta, o vento contra faz baixar a temperatura do corpo. Mesmo que seja só uma brisa, faz diferença. Ponto fraco: você vai precisar fazer mais força na volta. Por isso, não se empolgue demais na ida.
3. Vai e vem - Um boa solução é ir alternando a direção. Um trecho contra o vento, um outro menor a favor, alternadamente. E a mesma lógica na volta.
4. Se o vento estiver muito, mas muito forte, o que não é raro, sempre há solução. Reduzir a planilha ou achar uma academia na praia e apelar para a esteira.
Um cinto com aquelas garrafinhas de água é importante. Treinar cedo pela manhã ou no fim da tarde evita o excesso de sol. Protetor solar ajuda. Óculos também, para reduzir os efeitos do sol e também do vento nos olhos. Se você nunca correu na praia com chuva, não sabe o que está perdendo. Só fuja se houver raios.
Dia 30 de janeiro, tem a TTT, Travessia Torres Tramandaí. Tá cheio de gente treinando na beira da praia. Durante a semana, em Porto Alegre, o jeito é aproveitar o ar-condicionado da academia e correr na esteira. No fim de semana, pé na areia. Poucos lugares no mundo são tão bons para correr com o Litoral do Rio Grande do Sul.