Acaba de entrar no menu da Netflix Noites Brutais (Barbarian, 2022), um filme de terror que me deixou de queixo caído.
Dito isso, pode ficar sossegado: NÃO haverá spoilers neste texto. Mal falarei da trama.
Aliás, recomendo que você não leia a sinopse disponível na plataforma de streaming, pois a segunda frase é capaz de estragar sua experiência — a propósito, esse é um filme que eu gostaria de ter visto no cinema, onde Noites Brutais arrecadou 10 vezes o seu custo (o orçamento foi de US$ 4,5 milhões, e a bilheteria, de US$ 45,4 milhões); em casa, a dica é apagar as luzes, desligar o celular e mergulhar na história.
Noites Brutais foi escrito e dirigido por Zach Cregger, egresso da trupe de comédia The Whitest Kids U' Know. Percebe-se a origem humorística, especialmente no modo irônico de abordar temas como abuso sexual e preconceito social. O cineasta se inspirou no livro de não ficção Virtudes do Medo: Sinais de Alerta que nos Protegem da Violência (1997), de Gavin de Becker, que incentiva as mulheres a confiar em sua intuição e a não ignorar sinais subconscientes que surgem em suas interações diárias com os homens.
Vista na minissérie Suspicion (2022), a atriz inglesa Georgina Campbell interpreta Tess, que, durante uma noite chuvosa, ao chegar à casa de Detroit que alugara via Airbnb, descobre que há um outro inquilino no local. A escalação de Bill Skarsgard, o sinistro palhaço Pennywise dos filmes It (2017 e 2019), para esse papel é uma piada ou um aviso? Descubra por conta própria enquanto Zach Cregger exibe seu talento para aproveitar o cenário e sua capacidade de reverter expectativas do espectador. Quando o filme começou, eu jamais poderia imaginar os rumos que iria tomar.