Que grandes dias vivemos acompanhando os Jogos Olímpicos de Paris. Parece que foi ontem que ligávamos a televisão e tinha algum esporte, do mais conhecido — como futebol — ao mais novo — breakdance. O surgimento de novos heróis nacionais é sempre muito animador de se ver e, neste ano, tenho visto que o clima olímpico tem perdurado além dos Jogos. Jovens e crianças querendo ser como Rebeca Andrade, Alison dos Santos, Bia Souza e por aí vai, só mostram como poderíamos ter diversos esportes olímpicos valorizados desde que eles sejam apresentados ao grande público.
A grande pergunta agora que chegamos ao fim é: voltaremos a ver esporte olímpico na televisão antes das Olimpíadas de Los Angeles?
Não sei se consigo responder com precisão o que pode acontecer. Me parece que agora é um bom momento para tentar transmitir o máximo de campeonatos e competições das mais variadas enquanto está fresco na mente das pessoas. Porém, ao mesmo tempo, o calendário de vários esportes praticamente termina depois das Olimpíadas, então acaba sendo uma tarefa difícil também para as emissoras.
Agora, para a maioria dos atletas, é momento de encerrar a temporada, tirar férias e aproveitar o que a olimpíada proporcionou. Depois de tanto treino e dedicação, agora é a hora de curtir. Devido a isso, muitos desses atletas irão “sumir” nas próximas semanas. Os acompanharemos em stories, tendo um pouco de normalidade — que é raro quando se treina em alto rendimento — e pensaremos: que bom que eles estão tendo um descanso merecido.
Talvez, daqui em diante, caiba ao grande público exigir que as emissoras — tanto de TV tradicional quanto de streaming — transmitam as competições. Os Jogos de Paris deixaram claro para mim que há interesse das pessoas em esportes olímpicos, ao contrário do que é dito. Um dos passos para o Brasil se tornar uma potência olímpica vai além do investimento. É igualmente importante que haja interesse das pessoas, que haja muitos jovens e crianças querendo praticar esportes para a roda girar.
Todo o movimento que se criou para seguir os atletas olímpicos nas redes sociais é por um motivo. É importante que as pessoas vejam que a nossa vida não se resume a um dia ou uma noite em que aparecemos na televisão. A luta é diária, o esforço é máximo para talvez, quem sabe, chegar lá. Isso é algo que deve ser visto para quem não é do meio. Assim, fortalecemos o movimento olímpico em sua totalidade.