Em vez de perder a linha sempre que é provocada por Felipe Camozzato (Novo) a responder sobre o regime na Venezuela, Maria do Rosário (PT) deveria mirar-se no exemplo de Guilherme Boulos, candidato do PSOL a prefeito de São Paulo. Questionado no telejornal SPTV se a Venezuela vive uma ditadura, Boulos não titubeou:
— Lógico, é um regime ditatorial. Um regime que persegue opositor, um regime que faz eleição sem transparência, pra mim, não é democrático e ponto.
Rosário poderia dizer o mesmo da Venezuela, da Nicarágua, de Cuba. Não são democracias. Mas prefere dizer que não vai importar os problemas de outros países, que quer governar Porto Alegre, etc. Assim fica sem argumento para questionar os candidatos que têm ligações com políticos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, no Brasil.
Boulos reconheceu o óbvio sobre a ditadura venezuelana e se cacifou para cobrar de Ricardo Nunes (MDB) que fale sobre o 8 de janeiro, já que o prefeito de São Paulo é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por outros defensores da manifestação que resultou na depredação do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso.
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