O debate da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (25), foi, de longe, o melhor deste primeiro turno em Porto Alegre. O formato sem as amarras de réplica e tréplica permitiu o verdadeiro confronto de ideias e o aprofundamento de temas essenciais para os eleitores da Capital.
Com a participação dos quatro candidatos cujos partidos têm representação no Legislativo (Felipe Camozzato, Juliana Brizola, Maria do Rosário e Sebastião Melo), o debate tratou de saúde, educação, prevenção às cheias, cultura, limpeza urbana, desenvolvimento econômico, ocupação do Centro e zeladoria.
Houve momentos de tensão, mas em nenhum momento os candidatos ultrapassaram a linha da civilidade.
Cobranças ao prefeito Sebastião Melo foram feitas por todos os candidatos, especialmente por Maria do Rosário e Juliana Brizola, que esperam disputar com ele o segundo turno.
Sempre que pode escolher com quem debater, Melo chamou Rosário para o confronto. Ela e Juliana fizeram o mesmo, tentando mostrar as falhas da gestão do prefeito, que se defendeu argumentando que as duas adversárias prometem obras e serviços que não cabem no orçamento.
Como a regra permitia que o mesmo candidato fosse escolhido mais uma vez para o debate, Camozzato acabou isolado e não foi chamado por nenhum dos três que aparecem em primeiro lugar nas pesquisas. Na sua vez, Camozzato chamou Rosário para a briga e fez uma série de provocações de cunho ideológico, para carimbar a deputada como "candidata da extrema esquerda".
Treinados pelos confrontos anteriores e mais íntimos do terreno em que estão pisando, Melo, Rosário e Juliana atingiram o objetivo a que se propunham e reforçaram suas posições junto aos eleitores convertidos. Aos indecisos, o debate forneceu elementos que, por certo, ajudarão na escolha.