O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O governo do Estado vai investir para estabelecer o Plano Rio Grande como o único caminho para reconstrução do Rio Grande do Sul. A partir da semana que vem, uma ampla campanha de comunicação será lançada para que as pessoas entendam como acessar os recursos do plano, quais são os projetos de melhorias e resiliência previstos e como enviar propostas.
A mudança de tom é idealizada pelo novo secretário de Comunicação, Caio Tomazeli, que define o Plano Rio Grande como a própria tradução do governo. As peças publicitárias devem afastar a ideia de que a iniciativa é uma ação da atual gestão, mas que se trata de um planejamento a longo prazo, com uma visão de futuro do Estado.
Além disso, Tomazeli e o secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi, compartilham da opinião de que o sucesso do Plano Rio Grande depende do engajamento da sociedade. E estão convictos de que caso prospere, um novo governo a partir de 2027 não deverá mudar o rumo estabelecido, mesmo que eventualmente troque o nome do programa — a dupla usa como exemplo o Minha Casa Minha Vida, criado em 2009 por Lula, renomeado e modificado como Casa Verde e Amarela no governo Bolsonaro e retomado com o nome original em 2023.
Os secretários entendem que a reconstrução do Estado precisa ser feita mais pelas medidas corretas de prevenção e previsibilidade do que pela rapidez em aplicar recursos em ações que podem se tornar ineficazes a longo prazo. Existem obras de grande porte para a prevenção de novas calamidades que, na avaliação de Capeluppi, não serão concluídas em poucos meses, mas o secretário entende que é menos angustiante definir um prazo longo do que a falta de clareza sobre quando e como projetos serão executados.
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