O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Após uma primeira semana de campanha morna entre os candidatos, uma publicação de Sebastião Melo (MDB) nesta sexta-feira (23) nas redes sociais movimentou os apoiadores do prefeito e de suas opositoras, Maria do Rosário (PT) e Juliana Brizola (PDT). A postagem diz que "a enchente de maio, em Porto Alegre, não poderia ter sido evitada".
Este foi o primeiro embate digital entre os principais candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Desde o dia 16, quando foi dada a largada à campanha eleitoral, os concorrentes haviam focado em divulgar, nos seus perfis nas redes sociais, suas mobilizações em público e também em posicionar ideias e indicar o foco das campanhas.
A frase publicada por Melo usa como argumento o relatório de especliastas holandeses. A publicação aponta cinco razões para a catástrofe, entre elas a chuva muito além do previsto, as estruturas de contenção projetadas nos anos 1960 e a geografia de Porto Alegre. Tais justificativas devem ser o mote da campanha de Melo, aliviando a responsabilidade da prefeitura em relação aos sistemas de proteção da Capital.
A publicação repercutiu nas candidatas opositoras do PT, Maria do Rosário, e do PDT, Juliana Brizola. Em vídeo, a petista diz que houve negligência da prefeitura e atesta, ainda, que "todos os laudos mostram que houve falha e ausência de manutenção do sistema de proteção de Porto Alegre".
Brizola concordou que a prefeitura não é responsável pelo volume de chuva que caiu em maio, mas diz que a tragédia poderia ter sido evitada se houvesse investimento necessário no sistema de prevenção ou vedação eficaz nas comportas do muro da Mauá.
Felipe Camozzato (Novo) não comprou a briga diretamente, mas postou vídeo nas redes — após a publicação de Melo — em que defende um sistema de proteção alternativo ao muro da Mauá, que proteja também os armazéns.
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