No jantar do Instituto Moinhos Social, na noite de quinta-feira (1º), na Associação Leopoldina Juvenil, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), chegou com um sorriso de orelha a orelha.
— Então o Marchezan desistiu mesmo? — perguntou sem esconder o entusiasmo com a saída de um adversário que lhe seria incômodo.
No meio do salão, lotado de médicos e amigos do Hospital Moinhos de Vento, Melo encontrou o candidato do Novo, Felipe Camozzato, outro que comemorava a desistência de Marchezan. Os dois trocaram gentilezas, apertaram as mãos e brincaram sobre possível apoio no segundo turno.
A avaliação de Camozzato é de que tem margem para crescer diante da elevada rejeição de Melo e da candidata do PT, Maria do Rosário, mas precisa encontrar uma forma de fazer sua mensagem chegar diretamente ao eleitor.
Aliado de Melo, a vereadora Mônica Leal (PP) saltitava de alegria:
— Se fosse candidato, Marchezan ia fazer de tudo para tirar o Melo do segundo turno, confiando que no segundo mesmo quem não gosta dele votaria para impedir a vitória do PT.
Convidado a discursar, Melo foi interrompido por aplausos quando falou das dificuldades que a prefeitura enfrentou no auge da enchente e saudou o papel dos voluntários.