Além de Paulo Pimenta e Waldez Góes, que praticamente acamparam em Porto Alegre, quase todos os ministros do presidente Lula já vieram ao Rio Grande do Sul desde que a enchente começou. O objetivo dessas visitas, feitas na carona de aviões da FAB que decolam com donativos, é ver de perto a situação do Estado e levantar as demandas inerentes a cada pasta.
Neste domingo (12), foi a vez da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Ela foi ao Palácio Piratini conversar com o governador Eduardo Leite sobre ações voltadas ao público feminino.
No encontro, Leite e Cida conversaram sobre a necessidade de garantir proteção e assistência adequada às mulheres. Da reunião participou também o secretário estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabricio Guazzelli Peruchin.
— Sabemos que as mulheres e as meninas sofrem desproporcionalmente as violências e violações em períodos de crise climática — reforçou Cida Gonçalves, ao expor a urgência de um protocolo para garantir a segurança e as necessidades de mulheres durante o período de chuvas no Estado, especialmente aquelas que estão vivendo em abrigos nesse momento.
O governador falou da importância de se direcionar atenção aos abrigos destinados exclusivamente às mulheres, levando em conta as características essenciais para garantir um ambiente seguro e acolhedor. Contou que policiais militares aposentados estão sendo treinados para garantir a segurança nos abrigos.
Leite aproveitou para renovar os agradecimentos ao governo federal pelo apoio prestado ao Estado, valorizando a colaboração mútua entre as diferentes esferas de governo.
O protocolo de emergência com perspectiva de gênero também foi pauta na reunião da ministra das Mulheres com cerca de 20 representantes de órgãos públicos e de movimentos sociais, em Porto Alegre. O texto do protocolo deverá trazer diretrizes e linhas de atuação que incluam, para além da garantia da segurança das mulheres em meio a desastres climáticos, aspectos como a recomposição da renda e da autonomia econômica das mulheres no processo de reconstrução do Rio Grande do Sul.
Desde sábado (12), o Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher - está com um fluxo específico para receber denúncias de violência contra mulheres no Rio Grande do Sul, que serão encaminhadas ao Centro de Combate à Violência Doméstica do Ministério Público do estado.
O serviço também fornece informações sobre abrigos exclusivos para mulheres e crianças, criados após relatos de abusos. As informações serão atualizadas de forma permanente com a equipe de atendimento. Na ligação pelo telefone, a opção para falar sobre o Rio Grande do Sul é a tecla 7.