O governo estadual anunciou nesta sexta-feira (31) a construção de cinco estruturas provisórias para receber desabrigados pela enchente. Serão três centros humanitários de acolhimento (CHAs) em Porto Alegre e dois em Canoas, na Região Metropolitana. Esses locais são versões compactas das chamadas "cidades temporárias" que estavam nos planos do Palácio Piratini.
Juntos, os pavilhões terão capacidade para receber até 3,8 mil pessoas. Além de dormitórios, haverá banheiros, cozinha, refeitório, lavanderia, brinquedoteca, posto de saúde e espaços para animais de estimação.
Onde ficarão os centros provisórios
Na Capital, as unidades serão no complexo Porto Seco (para 550 pessoas), no centro de eventos Ervino Besson (550 pessoas) e no Centro Vida (de 800 a mil pessoas).
Em Canoas, as sedes serão no Centro Olímpico Municipal (800 a mil pessoas) e em uma área próxima à Refinaria Alberto Pasqualini (740 pessoas). Neste último, serão instaladas casas modulares enviadas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), e o governo precisará apenas acrescentar estruturas de uso coletivo.
Nesta sexta, o governador Eduardo Leite e o presidente do sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, Luiz Carlos Bohn, assinaram termo de cooperação em que a entidade se compromete a bancar a contratação da empresa que fornecerá as estruturas temporárias, que também fará a instalação e a manutenção.
O governo estima que, depois da contratação, levará cerca de 20 dias para a montagem e a abertura dos abrigos. A gestão dos espaços será da Organização Internacional para as Migrações (OIM), integrante da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os espaços provisórios vão substituir alojamentos improvisados, instalados em locais como ginásios e escolas, por locais com melhor infraestrutura até a construção de moradias definitivas.
Atualmente, há cerca de 40 mil desabrigados em todo o Rio Grande do Sul. Esse número tem caído em razão do retorno das pessoas às suas residências ou pela adoção de políticas como o aluguel social ou a estadia solidária em casas de parentes.
O governo estima que, quando inaugurados, os centros de acolhimento serão suficientes para atender todos os desabrigados de Porto Alegre e Canoas. Estruturas semelhantes foram oferecidas a Guaíba e São Leopoldo, mas as tratativas com essas prefeituras não avançaram.