O jornalista Carlos Rollsing colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Saiu a resolução da prefeitura de Porto Alegre que prorrogou a extensão da vida útil dos ônibus de transporte coletivo. Pela lei de 2018, os carros comuns deveriam rodar por, no máximo, 12 anos. E os articulados por 13 anos. A prefeitura vem editando normas anuais para esticar o prazo por mais dois anos em cada categoria, o que contribui para o envelhecimento da frota.
A resolução saiu no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA) em 2 de janeiro e determina que os ônibus fabricados em 2010, que estão no 14º ano de uso, poderão continuar circulando até abril de 2024. O texto é dúbio e contém uma aparente brecha: um inciso autoriza “a prorrogação excepcional da vida útil máxima em até 36 meses”. Isso pode elevar a idade máxima da frota para 15 anos nos veículos comuns e 16 anos nos articulados.
A coluna tentou desde quinta-feira (4) esclarecer a dubiedade com o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro, mas ele não respondeu. Enquanto isso, no calor de sábado, usuários circulavam em carro de janela aberta (foto), sem climatização.
Juiz pela cota racial
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) refaça a banca de heteroidentificação de um aprovado no concurso para juiz pela cota racial.
Em 2023, o homem passou nas provas objetiva, escrita e oral, mas não tomou posse porque a comissão rejeitou a sua autodeclaração de pessoa negra. Ele recorreu e recebeu nova recusa. O CNJ avaliou que a comissão não era composta por especialistas em questões raciais e que não fundamentou a decisão. O TJ-RS terá de marcar a realização de nova banca, com membros diferentes da anterior.
Democracia
Um ano após o frustrado golpe promovido por bolsonaristas radicais, partidos de esquerda e centro-esquerda, movimentos sociais e sindicais fazem nesta segunda-feira (8), na sede do Sindicato dos Bancários, no Centro de Porto Alegre, um ato pela democracia.
Mais um
Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que 3.510 prefeitos poderão concorrer à reeleição em 2024 no Brasil. No recorte estadual, 307 chefes de Executivo gaúchos poderão tentar o segundo mandato.