Em cores, o gesto das principais autoridades da República erguendo a Constituição nesta quinta-feira (5) repete o de 35 anos atrás, com Ulysses Guimarães ao centro, capa de todos os jornais, ainda em preto e branco, celebrando a promulgação da Carta Magna.
Chamada de Constituição Cidadã por Ulysses, a carta resultante da Constituinte já foi emendada tantas vezes que a versão original é mais uma relíquia do que um livro a ser consultado, mas segue como um marco da redemocratização do país, depois da longa noite da ditadura militar.
Na celebração dos 35 anos, ontem, o presidente da Mesa do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, classificou a Constituição de 1988 como “a carta símbolo do amor dos brasileiros pelo seu país”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que foi deputado federal constituinte, lembrou a participação do presidente Lula na Assembleia Nacional Constituinte, instalada em 1987, embora o PT tenha se recusado a assinar o texto.
Para Alckmin, a Constituição de 1988 é "a maior obra legislativa já realizada em benefício da nação, fonte de todos os direitos e matriz da nossa união".
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, destacou a "estabilidade institucional e monetária" e "a expressiva inclusão social" como conquistas da Constituição Cidadã de 1988.