O jornalista Fábio Schaffner colabora com Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Está marcado para 7 de novembro o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que pode cassar o mandato do prefeito de Bagé, Divaldo Lara, e do vice Mario Mena Kalil, ambos do PTB. Eles são acusados de abuso de poder político e econômico por causa de uma live transmitida na última semana da campanha de 2020, na qual o empresário Luciano Hang exalta a campanha de Divaldo Lara à reeleição.
Na época, Hang prometia instalar uma loja da Havan na cidade. O empreendimento jamais teve início. Hang já teve os direitos políticos suspensos em processo semelhante que resultou na cassação do então prefeito de Brusque (SC). Uma nova eleição foi realizada no município em setembro.
A jurisprudência firmada pelo TSE no caso de Brusque é a maior ameaça a Divaldo e ao prefeito de Santa Rosa, Anderson Mantei (PP), que enfrenta ação praticamente idêntica no tribunal. O TSE deu nova interpretação para abuso de poder econômico, reconhecendo o uso político da Havan na eleição. Em sua defesa, Divaldo afirma que não se tratava de ato oficial e que sua conduta não é infração.