Focado na população desempregada, o governo do Estado espera capacitar 12 mil pessoas com o programa RS Qualificação, em parceria com as prefeituras. Os cursos para profissões como soldador, pedreiro, mecânico e cuidador de idosos serão ofertados nos municípios, de acordo com as necessidades do mercado de trabalho no local.

Idealizada pelo secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, a iniciativa parte da premissa de que, hoje, existem milhares de oportunidades de emprego abertas no Estado, mas a maioria das vagas não é preenchida por falta de qualificação. Nesta semana, por exemplo, as agências FGTAS/Sine disponibilizam mais de 7 mil vagas no Rio Grande do Sul. Em média, apenas 18% dos postos são preenchidos.

— Esperamos aumentar a empregabilidade, dando oportunidade aos 743 mil gaúchos que estão desocupados ou subocupados — diz Sossella.

Inicialmente, o Estado pretendia investir R$ 12 milhões com a iniciativa. Diante da procura acima do esperado pelos municípios, o valor foi elevado a R$ 14,1 milhões. Com isso, 227 cidades receberão a verba para elaborar projetos de qualificação e capacitação profissional.

— Não queremos só fazer o curso, mas também acompanhar para ver onde ele vai estar, se vai conseguir emprego — complementa o secretário.

O próximo passo é o chamamento público dos municípios contemplados com recursos. Em seguida, eles terão um prazo para encaminhar o plano de trabalho e anexar documentos previstos no edital.

Os cursos poderão começar assim que forem finalizados os trâmites dos convênios, mas os recursos serão depositados nas contas dos municípios ainda neste ano.

Foram priorizadas para participar do programa as cidades em que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) teve balanço zerado ou negativo no acumulado de 12 meses, isto é, municípios que fecharam mais postos de trabalho do que abriram no último ano. É o caso de aproximadamente 200 municípios gaúchos, segundo a Secretaria do Trabalho. Também entram no programa com prioridade as cidades com baixo índice de desenvolvimento.