Para que serve um passaporte? Para cruzar fronteiras e descobrir novos mundos. É esse o espírito do Passaporte da Leitura, criado pela prefeitura de Passo Fundo para incentivar a formação de leitores. O passaporte foi entregue nesta quinta-feira (3), de forma simbólica, pelo prefeito Pedro Almeida (PSD). 

Em vez de carimbar o documento na entrada de um país, os estudantes registram suas aventuras na passagem pelos locais de leitura da cidade, como a Biblioteca Pública Municipal Arno Viuniski e o Prisma, espaço de inovação.

Além do passaporte, cada um dos 17 mil estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental recebem anualmente um "cheque-livro" no valor de R$ 40 para utilizar nas livrarias credenciadas da cidade. O sorriso de crianças como as meninas Helena dos Santos Lima e Maria Fernanda Saggin (na foto com o prefeito) ilustra o sucesso da iniciativa, uma das muitas ações de incentivo à leitura criadas numa das prefeituras mais inovadoras do Brasil.  

O programa contrasta com a decisão do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), que está abolindo os livros físicos nas escolas do maior e mais rico Estado do país. Passo Fundo, convém lembrar, ostenta os títulos de Cidade Educadora e Capital Nacional da Literatura.

O município tem um sistema de premiação do desempenho dos alunos com viagens de intercâmbio. Neste ano, os premiados viajaram para Barcelona. Em 2024, conhecerão escolas da Suíça.

— O Passaporte da Leitura é um belíssimo e necessário incentivo para esta roda que contempla a compra dos livros e os estímulos para a leitura, tão importante para a evolução humana. É mais um instrumento da nossa Cidade Educadora — disse o prefeito ao analisar o programa.

Pronta para a municipalização 

Com escolas que em nada perdem para as redes particulares, a prefeitura de Passo Fundo está pronta para encarar a municipalização e absorver os alunos o Ensino Fundamental que ainda remanescem na rede estadual.

A cidade tem 26.181 crianças matriculadas no Ensino Fundamental, somando-se séries iniciais e finais. Desse total, mais da metade estão nas escolas municipais. São 8.568 no Fundamental 1 (1º ao 5º ano) e 6.234 no Fundamental 2 (6º ao 9º ano). 

As escolas estaduais atendem 1.879 crianças do 1º ao 5º ano e 1.368 do 6º ao 9º. 

A rede privada tem 4.374 no Fundamental 1 e 3.094 no Fundamental 2.