O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Com o investimento de R$ 20 milhões pela Assembleia, o Movimento Rio Grande contra a Fome e o governo do Estado assinaram nesta terça-feira (11) um plano de trabalho com a definição de prazos para a compra e entrega de cestas básicas à população vulnerável. O acordo prevê a aquisição de alimentos da agricultura familiar, em sete etapas mensais. Para cada fase, devem ser entregues 10,8 mil cestas.
Na prática, a assinatura conjunta do presidente da Assembleia, Vilmar Zanchin (MDB), do coordenador do movimento, Valdeci Oliveira (PT), e do secretário de Assistência Social, Beto Fantinel (MDB), é a concretização de um anúncio formal realizado em dezembro de 2022. Na ocasião, a Assembleia e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) se comprometeram a doar R$ 40 milhões para a compra de alimentos.
No primeiro semestre deste ano, foram entregues cerca de 20 mil cestas básicas com recursos do TJ-RS. A expectativa é de que mais 50 mil sejam distribuídas nos próximos meses, também com dinheiro doado pelo Judiciário.
Na sequência, no final de 2023, deve se iniciar a entrega de cestas com recursos da Assembleia.
— Vamos fortalecer o combate à insegurança alimentar e incentivar a agricultura familiar, um segmento fundamental para a economia gaúcha — comemora Valdeci.
— Este plano de trabalho cumpre papel muito importante no auxílio de quem sofre com a fome. Mais uma vez, os poderes estão unidos em benefício da população — reforça Zanchin.
Para a compra das cestas básicas, será realizada chamada pública e seleção dos fornecedores da agricultura familiar. Depois, os servidores da Secretaria de Assistência Social ficarão responsáveis pela distribuição.
— Esses recursos vão qualificar a ação do Estado no enfrentamento à fome, que é um tema importante. Muitas vezes não tratamos no Rio Grande do Sul, porque o Estado é produtivo e parece que a gente não tem esse problema, mas temos e estamos tentando enfrentá-lo — observa Fantinel.