O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Prometida na campanha eleitoral pelo governador Eduardo Leite, a reestruturação do IPE Saúde foi aprovada nesta terça-feira (20) pela Assembleia, o que representa o maior triunfo político do Palácio Piratini no Legislativo em 2023. Foram 36 votos favoráveis ao projeto, oito a mais do que o mínimo necessário, e que seriam suficientes para aprovar até mesmo uma emenda constitucional.
Afora os parlamentares de PT, PSOL e PCdoB, apenas Adriana Lara (PL) e Gustavo Victorino (Republicanos) votaram contra. Adolfo Brito (PP) e Rodrigo Lorenzoni (PL) se abstiveram. Os demais deputados da base aliada e independentes votaram com o governo.
Após suavizar o projeto, sobretudo com a trava de contribuição de 12% da remuneração dos servidores, e obter margem necessária para aprovação, o governo teve de lidar com um obstáculo adicional: o protesto dos sindicalistas que cercaram a Assembleia e tentaram impedir a realização da sessão plenária.
Do ponto de vista prático, a manifestação surtiu pouco efeito. Pelo contrário: mesmo deputados que ainda queriam mudanças no texto ficaram incomodados com o bloqueio do acesso ao parlamento.
Com a sanção da lei, caberá ao governo e à gestão do IPE colocar em prática as promessas feitas na apresentação da reforma, como o equilíbrio financeiro do instituto, a melhoria na assistência aos servidores, a implementação de medidas de prevenção e o reajuste nos honorários médicos.
Aliás
A exemplo do que ocorreu na gestão anterior, o líder do governo Leite na Assembleia, Frederico Antunes (PP), segue invicto. Não perdeu uma votação em plenário em quatro anos e meio.