O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
A votação da reforma do IPE Saúde ainda nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa, que amanheceu sitiada por sindicalistas, passa diretamente pela figura do presidente da Casa, Vilmar Zanchin (MDB). Na sessão plenária, Zanchin foi cumprimentado por colegas de diferentes partidos pela condução do impasse, que perdurou até o início da tarde.
Ainda pela manhã, o deputado foi pessoalmente conversar com a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Schurer, e outros líderes do movimento para tentar liberar o acesso ao prédio. Como a exigência para a saída era o adiamento da votação, não houve acordo.
Com o parlamento inacessível, Zanchin convocou reunião de líderes extraordinária no Memorial do Legislativo, do outro lado da Rua Duque de Caxias, na qual recebeu respaldo para manter a votação. Por volta das 14h, com apoio do Batalhão de Choque na criação de um corredor de isolamento, Zanchin conduziu os colegas até a Assembleia, pela entrada do Teatro Dante Barone, e organizou a votação em plenário.
A manifestação deflagrada pelos funcionários públicos nesta terça-feira lembrou outro episódio, datado de setembro de 2015, na gestão de José Ivo Sartori, quando sindicalistas impediram o acesso dos deputados à Assembleia para a votação da criação do regime de previdência complementar e da extinção de fundações estaduais. Na ocasião, o então presidente da Assembleia, Edson Brum, cancelou a sessão por falta de segurança.
Nesta terça, também em nome da segurança, a Mesa Diretora, sob o comando de Zanchin, decidiu que a sessão deveria ocorrer a portas fechadas.