O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Três dias após a publicação de reportagem em GZH relatando o aumento de 23,68% dos seguros de veículos no acumulado de 12 meses na Região Metropolitana, o deputado Delegado Zucco (Republicanos) cobrou explicações das seguradoras durante reunião da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia, nesta quarta-feira (7). Zucco argumenta que a elevação do custo não se justifica ao observar a redução do número de furtos e roubos de veículos na última década e a variação da inflação.
— Por que o preço é 24% superior ao do ano passado se a inflação está bem abaixo disso? Quem está pagando a conta é o consumidor gaúcho — questionou o deputado, que antes de assumir uma cadeira na Assembleia, atuou como titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de São Leopoldo, no Vale dos Sinos.
O Delegado Zucco solicitou à comissão que realize uma audiência pública com o Sindicato das Seguradoras do RS (Sindseg-RS) para compreender os critérios usados para o estabelecimento do valor.
O presidente do Sindseg, Guilherme Bini, disse à coluna que não recebeu convite para audiência, mas explica que os indicadores de roubos e furtos de carros não são o único critério utilizado para o reajuste dos seguros.
— Roubo é furto é um dos pontos que fazem a precificação do seguro. O preço do seguro está ligado à frequência do sinistro de colisão, que aumentou bastante, o valor das peças, que também aumentou, e o valor da mão-de-obra, que também aumentou. Todos os custos que são relacionados a um sinistro aumentaram e é por isso que teve um aumento do seguro. E também teve o aumento da Fipe. Agora nós estamos passando por um momento em que a Fipe há dois meses consecutivos tem uma queda, e já ajuda um pouco a redação da taxa de seguro — respondeu Bini.