A assessora lotada no Senado Federal e que auxiliava a vereadora Comandante Nádia (PP) na Câmara de Porto Alegre, Cristina Menin Schneider, foi proibida de acessar o plenário e os sistemas de informação do Legislativo da Capital. A determinação foi publicada nesta quarta-feira (24) em comunicado da Mesa Diretora.
Cristina é ajudante parlamentar do senador Luis Carlos Heinze (PP) e recebe R$ 4.037,17 pelo cargo vinculado ao Senado. À coluna, Nádia confirmou, na semana passada, que a assessora trabalha para Heinze, e negou a prática de irregularidade.
No comunicado, a Mesa Diretora ressalta que Cristina "não detém vínculo funcional ativo" com a Câmara Municipal, motivo pelo qual fica impedida de ter "acesso ao espaço exclusivo destinado às assessorias parlamentares" nos plenários e nas salas de comissões.
O ofício é assinado por seis dos sete membros da Mesa Diretora, inclusive pelo presidente em exercício, Moisés Barboza (PSDB). Também assinaram o comunicado os vereadores Lourdes Sprenger (MDB), Claudia Araújo (PSD), Alvoni Medina (Republicanos), Airto Ferronato (PSB) e Aldacir Oliboni (PT). O presidente da Câmara, Hamilton Sossmeier, não participou da decisão, pois está como prefeito em exercício durante a viagem de Sebastião Melo (MDB) à Itália.
— Nesta semana, voltou à normalidade. Ela (Nádia) adentrou o plenário na segunda-feira com a assessora como se nada tivesse acontecido. Eu cobrei a Mesa para que se posicionasse. Em princípio, há uma ilegalidade — afirma Oliboni.
Uma representação contra Nádia foi protocolada pelo deputado estadual Leonel Radde (PT) na Comissão de Ética, no último dia 18.
Em entrevista à repórter Laura Becker, Nádia afirmou nesta quarta-feira que considerou a decisão da Mesa Diretora "equivocada", mas disse que irá cumprir a determinação.
— O crachá que ela (Cristina) usa é genérico, que todos os gabinetes de vereadores têm um. Para ingressar (no plenário), só com um crachá genérico autorizado por um vereador. E a gente sabe que ali no plenário entram pessoas que não são da Casa, de todas as cores e ideologias. Mas eu sou legalista, respeito a decisão unânime da Mesa Diretora, mas acho que foi equivocada — respondeu a vereadora do PP.