O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Começou neste mês a reforma na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), no centro de Porto Alegre, que deve restringir o acesso ao local por até um ano. Nesse período, a Corte transferiu os trabalhos para outros dois prédios - um anexo próprio, também no Centro Histórico, e um alugado, na Rua Mariante, no bairro Moinhos de Vento. Os setores de atendimento ao público e de protocolo do TCE estão operando no imóvel da área central, que fica na Rua Bento Martins, 168.
Na intervenção, estão previstas a revitalização da fachada, com substituição das esquadrias internas e aplicação de novo revestimento, a unificação do sistema de ar condicionado (hoje dividido em três centrais) e mudanças no andar térreo, com retirada do estacionamento, adequação à acessibilidade e introdução de catracas para o controle do acesso. Também serão instaladas no prédio placas para captação de energia solar.
A obra foi orçada em R$ 27 milhões na licitação, mas a proposta vencedora, da Construtora Fornazieri, foi de R$ 23,8 milhões. O valor será custeado pelo fundo de reaparelhamento do tribunal, formado, em boa parte, pela receita de duas vendas da folha de pagamento do TCE para o Banrisul.
A intervenção gerou questionamentos de alguns servidores da Corte, em parte pelo custo da locação no prédio da Rua Mariante (R$ 220 mil mensais) e pela inclusão de bens móveis, como sofás e micro-ondas, na licitação.
Chefe de Gabinete da Presidência do TCE-RS, Fabiano Geremia pondera que o preço de cada item foi discriminado individualmente e que a licitação em conjunto garante que todos estarão disponíveis quando a obra terminar.
A respeito do prédio locado, diz que o local foi escolhido após extensa avaliação de outros imóveis e que o valor do aluguel está de acordo com o padrão do mercado.
— Olhamos cerca de 30 imóveis para alugar. Nossa preferência era por imóveis no centro, mas não encontramos nenhum que tivesse condições de nos receber — relata Geremia .
Embora tenha começado sob a presidência do conselheiro Alexandre Postal, a obra deverá ser entregue somente em abril do ano que vem, já na gestão de Marco Peixoto.