O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Criada em 2021 como forma de incentivo à permanência na escola, o programa que oferece bolsas de R$ 150 mensais a estudantes de baixa renda do Ensino Médio ainda não foi retomado neste ano. Apesar de o ano letivo já ter iniciado em 23 de fevereiro, o governo ainda não definiu "em qual mês" retomará o pagamento do programa Todo Jovem na Escola.
O vice-governador Gabriel Souza, que é responsável pelos "Projetos Especiais" do governo, garante que o programa será mantido, mas não estipula prazo para a retomada:
— Neste semestre, o governo quer manter o programa nos moldes atuais. Veremos como faremos no semestre que vem. O programa terá continuidade. Só estamos tentando formular novas possibilidades de melhoria, entender quanto impactaria no orçamento — garante Gabriel.
Questionado sobre a razão de o governo não ter iniciado o ano letivo com a bolsa já sendo paga aos estudantes, Gabriel respondeu que o programa possui uma "complexidade" e que não seria possível repassar os recursos em janeiro e fevereiro, meses de férias escolares.
Além disso, menciona ainda que não fechou um mês desde o retorno às aulas, o que impossibilita atestar a frequência mínima dos estudantes.
Gabriel garantiu que, quando o pagamento for retomado, os alunos que se enquadram nas regras do programa receberão o valor equivalente a cada mês em que alcançaram a frequência mínima. Assim que o governo tiver batido o martelo, os detalhes do programa deverão ser anunciados pelo governador Eduardo Leite.
— No momento em que o cartão for carregado, (o pagamento) vai ser referente aos meses que o estudante conferiu a frequência.
O Todo Jovem na Escola investiu R$ 119 milhões no pagamento de bolsas em 2022. A expectativa é tornar o programa permanente, nos moldes do que é o Primeira Infância Melhor.
No final do ano passado, em entrevista a GZH, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, defendeu que o valor fosse ampliado para R$ 300.