O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Uma das marcas do início do terceiro governo Lula (PT) é a velocidade com a qual o presidente reage às tragédias que se abatem sobre o país. Lula estava descansando na Bahia durante o Carnaval, mas decidiu interromper a folga e viajar a São Paulo tão logo ficou conhecido o cenário desolador provocado pela forte chuva que atinge o litoral norte do Estado, sobretudo a cidade de São Sebastião, e deixou dezenas de mortos.
Após sobrevoar a cidade, Lula se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o prefeito Felipe Augusto (PSDB) para prestar solidariedade e colocou os ministérios à disposição para a reconstrução da cidade.
Lula já havia tomado medida semelhante no dia 8 de janeiro, quando outra cidade paulista, Araraquara, também sofria com intempéries. Naquela ocasião, o anúncio de medidas emergenciais foi ofuscado pelos atos de vandalismo contra a sede dos poderes em Brasília.
O presidente ainda fez questão de ir pessoalmente a Roraima assim que tomou conhecimento da tragédia humanitária em curso na Terra Indígena Yanomami.
A presença física da maior autoridade do país não é mais importante que o aporte financeiro e estrutural que o governo federal deve oferecer aos municípios atingidos, mas é um sinal relevante de que o assunto será tratado com seriedade.
Também demonstra respeito para com os familiares das vítimas e com as pessoas que viram seu patrimônio ser levado pela água.