A reunião da executiva estadual do PSB que discutiu, na segunda-feira (6), a ocupação dos espaços na bancada do partido na Assembleia Legislativa esteve a um passo de terminar em pancadaria.
O grupo adversário do presidente do partido, Mário Bruck, formado por socialistas históricos, queria indicar um dos seus para pelo menos um dos oito cargos na bancada, mas foi derrotado por 16 votos a 15, evidenciando a divisão do partido.
Diante das reclamações de Antônio Elisandro de Oliveira, ex-presidente do PSB de Porto Alegre, um representante do movimento sindical chegou a ameaçá-lo com uma cadeirada, mas foi contido pela turma do “deixa disso”. Uma das testemunhas da reunião relatou que Elisandro foi ofendido por Bruck com uma frase de conotação racista durante a confusão.
O presidente do PSB disse que não proferiu palavras negativas em relação ao correligionário, e sim que ele foi ofendido por Elisandro.
Bruck frisou que a reunião foi "democrática" e que a proposta para o preenchimento de cargos na bancada foi apresentada pelo deputado Elton Weber.
— É normal que dentro dos partidos ocorram essas disputas. Obviamente quem perde a votação não fica satisfeito — contemporizou Bruck.
A briga interna no PSB explica por que o partido encolheu no Rio Grande do Sul, mesmo tendo o vice-presidente da República e vivendo um bom momento em outros Estados. O partido elegeu apenas Elton Weber na Assembleia e Heitor Schuch na Câmara. Até por isso, foi excluído do secretariado de Eduardo de Leite e ganhou a Fase como prêmio de consolação.