O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Quarta maior bancada da Assembleia, empatada com o PL e o PSDB, o Republicanos terá uma postura ambígua em relação ao governo Eduardo Leite. Embora o partido tenha decidido integrar a administração estadual, apenas três dos cinco deputados - Eliana Bayer, Delegado Zucco e Sergio Peres - se consideram parte da base aliada, enquanto Gustavo Victorino e Capitão Martim reivindicam posição de independência.
O Republicanos apoiou a candidatura de Onyx Lorenzoni (PL) na eleição de 2022, mas antes havia participado da primeira gestão de Leite. Com a adesão recente, manifestou interesse em indicar quadros para o atual governo, sobretudo em secretarias-adjuntas, visto que o primeiro escalão já está completo, e em bancos públicos estaduais.
Presidente regional do partido, o deputado federal Carlos Gomes confirmou a indicação de nomes, mas disse que caberá a Leite definir as funções:
— O governador sabe onde vai colocar cada um para que possam contribuir com o bem dos serviços públicos.
Líder da bancada na Assembleia, Zucco ressalta que as indicações ficam a cargo do partido e diz que o alinhamento ao Piratini tende a fazer com que as bandeiras defendidas pela legenda sejam consideradas na formulação de políticas públicas.
— Não adianta somente aprovar um projeto e o governador não sancionar. Ou, mais tarde, o Executivo não executar — justifica.
Apesar da divisão, nesta segunda-feira (27) os cinco deputados do Republicanos compareceram à reunião chamada por Leite para discutir o projeto do reajuste para o magistério.
Questionado sobre a postura do "semialiado", o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, contemporizou:
— Respeitamos as peculiaridades e manteremos a relação tanto com a bancada quanto com os deputados nas suas individualidades, à medida que foi demonstrado que estaremos sempre dispostos a dialogar.
Reforço na PGE
Serão empossados, nesta terça-feira (28), 27 novos procuradores do Estado, em cerimônia marcada para as 18h, no Theatro São Pedro, com as presenças do governador, Eduardo Leite, e do procurador-geral, Eduardo Cunha da Costa. Com o reforço, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) passa a contar com 348 membros.
É a primeira posse dos aprovados no 15º concurso da PGE, realizado entre 2021 e 2022. Dos 2.536 inscritos, foram 73 aprovados.
Rumo à Argentina
A deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) viaja a Buenos Aires nesta terça (28) para representar a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa em uma visita de cooperação técnica no Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidades da Argentina e da Câmara dos Deputados do país vizinho.
O intuito é trocar experiências a respeito de políticas públicas que preservam direitos de mulheres e meninas. A atividade ocorre entre esta quarta (1º) e sexta-feira (3).
Par ou ímpar
Criou-se um impasse na bancada do PP na Câmara de Porto Alegre na sessão desta segunda (27): tanto Mônica Leal quanto Nádia Gerhard reivindicaram participação na comissão especial do Plano Diretor.
Como cada partido só tem direito a indicar um nome, as vereadoras tiraram a sorte para resolver quem ficaria com a vaga. Melhor para Mônica, que venceu o par ou ímpar.
— Uma maneira objetiva e transparente de decidir quem iria participar, visto que as duas vereadoras são competentes — explicou a vencedora.
Chamado público
O consultor gaúcho Paulo Uebel recebeu um chamado público do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na edição desta segunda-feira (27) do evento Brasil de Ideias, na capital paulista.
Durante o painel conduzido pela presidente do Grupo Voto, Karim Miskulin, Tarcísio avistou Uebel sentado ao fundo e o conclamou publicamente a auxiliar na reforma da máquina estadual.
— Vejo daqui alguém que pode nos ajudar muito na necessária reforma administrativa do Estado de São Paulo, Paulo Uebel. Esse, sim, sabe do riscado - destacou o governador.
Secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital no governo Bolsonaro, Uebel foi o principal formulador da proposta de reforma administrativa federal, que não andou no Congresso por falta de articulação política.
Atualmente, ele comanda uma empresa privada na área do saneamento.