A derrota de Onyx Lorenzoni (PL) deixou lições que poderão servir para o próprio, se um dia voltar a concorrer, ou para outros candidatos. Uma delas é de que a comunicação profissional faz toda a diferença.
Enquanto Eduardo Leite (PSDB) contratou um craque da comunicação local, com profundo conhecimento da realidade do Estado, Onyx gabava-se ao dizer que tudo era espontâneo ou que ele era seu próprio marqueteiro.
Fábio Bernardi ousou fazer mudanças do primeiro para o segundo turno, focando na gestão do Rio Grande do Sul, enquanto Onyx manteve-se aferrado à ideia de que bastava associar seu nome ao do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a eleição estava ganha.
A assessoria de comunicação também foi subestimada e, não raro, sequer sabia informar a agenda do candidato.
Nos debates, era Fábio Bernardi quem assessorava o candidato Eduardo Leite, enquanto Onyx só ouvia a esposa e personal trainer Denise Lorenzoni, que mandou e desmandou na campanha, juntamente com um grupo de pastores trazidos de Brasília.
No domingo (30), ao final da apuração, testemunhas contam que Denise teve uma crise. Aos berros, gritava com todos no comitê dizendo: "nós perdemos porque vocês não me ouviram", "nós perdemos porque vocês não fizeram o que eu mandei".
Integrantes da equipe ouviram a reclamação incrédulos porque na campanha, garantem, a última palavra era a dela.