Divulgada na noite desta quinta-feira (15) pelo Jornal Nacional, a pesquisa do Datafolha deve pautar as campanhas dos principais candidatos à Presidência da República, por mais que os militantes de quem não está bem tentem atacar a reputação do instituto. Como faltam duas semanas para a eleição e o índice de indecisos é de apenas 2%, os candidatos em desvantagem têm pouco tempo para reverter o resultado. Os eleitores que pensam em votar nulo ou em branco são 4%.
O Datafolha constatou que o ex-presidente Lula (PT) segue à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL). A vantagem, que na pesquisa anterior era de 11 pontos percentuais, subiu para 12 (variação na margem de erro, que é de dois pontos). Os números indicam que são remotas as chances de um dos candidatos do segundo pelotão alcançar os líderes. Seja por convicção de quem é melhor, seja para evitar a vitória do que considera pior, a maioria dos eleitores pratica o chamado “voto útil” e não dá margem para o crescimento da chamada terceira via.
Ciro Gomes oscilou de 7% para 8% e Simone Tebet (MDB) manteve os 5%. Soraya Thronicke (União Brasil), que tinha 1%, passou para 2%.
Mais uma vez, o Datafolha mostrou que seis dos 11 candidatos ficaram entre zero e 1%. São eles: Felipe D’Avila (Novo), Eymael (DC), Leo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Vera Lúcia (PSTU).
Com pequenas variações nos índices, os números do Datafolha estão em linha com outras três pesquisas divulgadas nesta semana. No Ipec, que ouviu 2.512 pessoas entre os dias 9 e 11 de setembro, a vantagem de Lula é de 15 pontos (46% a 31%). Na Quaest, que ouviu 2 mil pessoas entre 10 e 13 de setembro, Lula tem 42% e Bolsonaro 34%. Na BTG Pactual/FSB, com 2 mil entrevistas feitas por telefone entre 9 e 11 de setembro, Lula tem 41% e Bolsonaro, 35%.