O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Em reunião com governadores aliados e representantes das forças policiais, o candidato e ex-presidente Lula (PT) se comprometeu nesta terça-feira (30) com a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso saia vitorioso na eleição em outubro. O petista também assumiu o compromisso de colocar em discussão pautas relacionadas à valorização das carreiras policiais.
Em 2018, o então presidente Michel Temer (MDB) sancionou a criação do Ministério da Segurança Pública com a promessa de integrar as secretarias estaduais de segurança. Menos de um ano depois, a pasta foi extinta e fundiu-se novamente ao Ministério da Justiça, já sob o governo de Jair Bolsonaro, com o ex-juiz Sergio Moro à frente da estrutura.
Chamado ao encontro pela coordenação da campanha de Lula como representante dos policiais civis, por ser oriundo da corporação, o vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT) avalia de forma positiva a recriação de um ministério específico para a segurança. A expectativa é de que a pasta ajude a integrar a União aos governos estaduais com compartilhamento de dados e informações sobre investigações, por exemplo.
— Também entrou no debate a formação dos policiais, como (a criação de) uma universidade das polícias. Seria um centro integrado em que os policias poderiam fazer cursos, qualificação, ensino superior — explica Radde.
Pela proposta, que deve constar no plano de governo de Lula, a formação das polícias seguiria a cargo dos Estados. O centro universitário funcionaria como um complemento com cursos de graduação e pós-graduação para os servidores da segurança. Os custos ficaram com a União.
Outros itens abordados na reunião foram a separação de presos pelo grau de gravidade dos crimes dentro dos presídios e a preocupação das forças policiais com a liberação de armas.