Está marcada para terça-feira (12) a conversa definitiva entre o pré-candidato do PSB a governador, Beto Albuquerque, com o PDT, que indicou Vieira da Cunha para o Piratini. Beto, que passou os últimos dias “de molho” tratando de uma laringotraqueíte, teve de restringir os contatos políticos por estar sem voz, mas agora tem pressa:
— Não podemos ficar esperando até o último prazo das convenções. A nossa será no dia 23 de julho e até lá precisamos saber quem estará conosco. Também tenho pressa porque é preciso contratar equipe de marketing e os melhores, como é o caso de Juliano Corbelini, são muito disputados nesta época.
Por entender que tem mais chances de Vieira, escolhido de última hora quando o Romildo Bolzan avisou o PDT de que não concorreria, Beto sugere o ex-deputado seja seu vice e que a vaga do Senado seja oferecida a Ana Amélia Lemos (PSD).
— Uma candidatura ao Senado não se constrói de uma hora para a outra. Ana Amélia é um nome forte, tem os votos que carrega com ela pela trajetória no Senado, mas ganharia muito se agregasse os do PDT e do PSDB — pondera.
De sua parte, o PDT também tem interesse na aliança com Beto e Ana Amélia, mas a sugestão é inverter a chapa, com Vieira da Cunha na cabeça e o PSB na vice. O principal argumento para atrair Ana Amélia é sua história e ligação com o ex-governador Leonel Brizola.
O fato de o candidato do PDT a presidente ser o ex-governador do Ceará Ciro Gomes e de o PSB ter indicado Geraldo Alckmin como vice do ex-presidente Lula não seria um empecilho à coligação no Rio Grande do Sul, na visão de Beto:
— Podemos ter palanque duplo e receber o Ciro, quando vier aqui, e o Alckmin. Lula estará no palanque de Edegar Pretto.
Beto diz que passou os dias de convalescença revisando o plano de governo, que tem 80 páginas.