Os municípios do Rio Grande do Sul devem perder R$ 1,46 bilhão de receita nos próximos três anos com a redução de 35% no Imposto de Produtos Industrializados (IPI). A estimativa é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Cerca de metade de todo o valor que é pago em IPI pelos brasileiros é destinado a Estados e municípios.
— O que a União faz é perverso, interfere em um recurso que é constitucionalmente nosso — dispara o presidente da confederação, Paulo Ziulkoski.
Nesta sexta-feira (29), o governo federal anunciou a ampliação para 35% da redução do IPI para uma lista de artigos. O corte anterior era de 25%.
Ziulkoski diz que a União não poderia cortar imposto que também afeta o caixa de Estados e de municípios. Segundo o presidente da CNM, 60% do valor que deixará de ser arrecadado pelas prefeituras seria aplicado em educação, saúde e assistência social. Ele afirma que o dinheiro irá fazer falta nas áreas em que a população mais precisa do poder público.
— Os municípios não vão ter de onde tirar. Vai diminuir os serviços e vai afetar o cidadão — afirma.