Sem adversário, o desembargador Cláudio Martinewski, 60 anos, foi escolhido para presidir a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) na gestão 2022-2023. A eleição ocorreu pela primeira vez em formato totalmente virtual entre os dias 5 e 8 de dezembro, com a participação de 795 magistrados da ativa e aposentados. A posse da nova diretoria está marcada para 1º de fevereiro.
À coluna, Martinewski disse que seu principal desafio será buscar melhores condições de trabalho para os magistrados, para garantir a celeridade dos processos, depois de dois anos atípicos, em que a pandemia e um ataque hacker atrapalharam o funcionamento da Justiça.
— Temos que admitir que faltou previsibilidade. Retardamos os avanços tecnológicos. Teremos de fazer como Juscelino Kubitschek: 10 anos em dois. Estamos 10 anos atrasados em matéria de digitalização de processos e isso precisa avançar.
O novo presidente disse que vai marcar sua gestão pela participação nos debates institucionais que perpassam o nosso modelo de Estado Democrático de Direito, das questões sociais e econômicas que afetam a vida em sociedade e, principalmente, pela luta intransigente na defesa das prerrogativas e autonomias da magistratura e contínua implementação e aperfeiçoamento das condições do exercício pleno da atividade jurisdicional.
— Não podemos mais aceitar que o trabalho dos colegas não tenha a correta valorização pela dedicação e responsabilidade que é exercida pela magistratura gaúcha — disse o presidente eleito da Ajuris.
Atual presidente da entidade, o juiz Orlando Faccini Neto, também comentou o resultado da eleição:
— Como integrante da atual gestão, Cláudio viveu conosco todos os desafios de administrar a Ajuris em um momento único e bastante difícil. Por sua larga experiência no envolvimento das causas associativas, tenho convicção de que ele, junto a seus companheiros de chapa, está preparado para os desafios que o pós-pandemia nos reserva, principalmente nas questões que envolvem os interesses diretos dos colegas.
Natural de Porto Alegre, Martinewski é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), com especialização em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Direito Tributário (SP) e MBA em Administração do Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas (RJ).
Ingressou na magistratura como pretor em 1987 e, em 1990, assumiu como juiz, atuando nas comarcas de Encantado, Dom Pedrito e Porto Alegre, onde atuou na 6ª Vara da Fazenda Pública. Foi juiz-corregedor no Tribunal de Justiça, diretor da Escola da Magistratura da Ajuris e diretor do Foro de Porto Alegre. Em 2014, foi promovido a desembargador e passou a integrar a 23ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RS.
O desembargador também sempre teve ativa vida associativa, com especial dedicação às atividades de melhorias e qualificação do serviço público. Foi presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, secretário-executivo do Plano de Gestão pela Qualidade do Judiciário, conselheiro do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) e integrante do Fórum Interinstitucional Previdenciário do TRF - 4ª Região, em representação do Poder Judiciário estadual. Na Ajuris, foi vice-presidente de Patrimônio e Finanças e vice-presidente Administrativo.
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