Com 47 votos favoráveis e apenas um voto contrário, o de Luciana Genro (PSOL), a Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (10) o título de deputado emérito para o presidente estadual do PP, Celso Bernardi. A homenagem foi proposta pelo deputado Ernani Polo e reconhece os “relevantes serviços prestados ao Poder Legislativo do Rio Grande do Sul e à população gaúcha”.
O placar é revelador do bom trânsito de Bernardi entre os deputados de diferentes partidos. Considerado um político afável e cumpridor dos compromissos assumidos, é um dos principais interlocutores na formação de alianças tanto nas eleições estaduais como municipais.
É, também, um dos recordistas em quilômetros rodados, com intensa participação nos encontros da base do PP. Essa atuação explica, em parte, os bons resultados do partido nas eleições municipais, dividindo sempre com o MDB a liderança em número de prefeitos e vereadores.
Advogado e professor, Bernardi é uma das figuras mais conhecidas da política do Rio Grande do Sul, pela longevidade como presidente do PP. Depois de presidir o partido com diferentes nomes, de 1993 a 1995, Bernardi se afastou em nome da renovação, mas foi chamado de volta em 2010 e reconduzido sucessivas vezes.
Eleito deputado estadual em 1986, quando o partido se chamava PDS, Bernardi conquistou uma cadeira na Câmara Federal na eleição seguinte e chegou a disputar o governo do Estado por duas vezes, em 1994 e 2002, mas não obteve sucesso. Na administração estadual, ocupou dezenas de cargos, entre os quais os de secretário substituto da Educação e da Justiça, secretário de Relações Institucionais de 2007 a 2009, no governo de Yeda Crusius, e vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, de 2009 a 2011.