Se depender do Progressistas (PP) do Rio Grande do Sul, a ideia de fusão com o DEM e o PSL, para formar um superpartido que abrigaria o presidente Jair Bolsonaro, vai continuar apenas como um plano que une bolsonaristas dos três partidos, mas não tem como deslanchar. O presidente estadual do PP, Celso Bernardi, comunicou a rejeição da ideia ao presidente nacional do PP e hoje ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Bernardi diz que não é só no Rio Grande do Sul que a fusão encontraria resistência. Na Bahia, por exemplo, o partido é aliado do governador Rui Costa (PT) e indicou o vice-governador.
— Já tivemos experiências anteriores, que não deixaram boas lembranças — diz o presidente do PP.
Bernardi se refere ao tempo em que o partido se chamava PDS e, por imposição do então presidente nacional, Paulo Maluf, fundiu-se com outros partidos e passou a se chamar Partido Progressista Renovador (PPR).
O presidente do PP gaúcho reconhece que, nas outras siglas, a fusão também enfrenta resistências. O DEM, por exemplo, tem uma ala bolsonarista, no Rio Grande do Sul liderada pelo ministro Onyx Lorenzoni, pré-candidato ao Piratini, e outra que trabalha pelo surgimento de uma terceira via. Nem o PSL, antigo partido de Bolsonaro, está fechado com a proposta.
O presidente do PP também considera necessário esperar que o Congresso defina as regras da próxima eleição, já que o quadro partidário muda conforme os interesses em jogo na eleição presidencial.
Questão interna
No Rio Grande do Sul, o PP precisa administrar o movimento da secretária da Agricultura, Silvana Covatti, que na terça-feira (27) colocou seu nome à disposição do partido para ser candidata a governadora, vice ou senadora. Celso Bernardi diz o PP já tem pré-candidato ao Piratini, o senador Luís Carlos Heinze, mas que a pretensão é legítima:
— Se queremos administrar o Estado, temos de ter sabedoria para resolver nossas crises internas.
Embora esteja trabalhando para conseguir aliados, o que implicaria oferecer as vagas de vice e de senador, Bernardi diz que se essas tentativas fracassarem, o PP concorrerá em faixa própria e indicará vice e senador dos seus quadros, o que abriria caminho para as pretensões de Silvana.
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