O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Foi assinado nesta segunda-feira (19) por representantes dos governos brasileiro e argentino um acordo para a prorrogação do contrato internacional de concessão da Ponte Internacional São Borja – Santo Tomé e das infraestruturas conexas com o consórcio italiano Mercovia. A cerimônia ocorreu no Rio de Janeiro e reuniu os ministros das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Carlos Alberto Franco França, e da Argentina, Felipe Carlos Solá.
A concessão da ponte e do respectivo Centro Unificado de Fronteira (local onde é feito o desembaraço aduaneiro de importações e exportações pelas autoridades brasileiras e argentinas) venceria no dia 29 de agosto. A travessia foi construída pelo consórcio privado, como parte de contrato de concessão de 25 anos.
A prorrogação é de um ano, mas pode ser renovada por mais um. Conforme o acordo assinado nesta segunda, uma comissão formada por representantes do Brasil e da Argentina deve propor estratégias para a continuidade das atividades no período posterior à prorrogação.
Prefeito de São Borja na época da concessão, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) foi um dos articuladores da renovação, que enfrentava resistência entre integrantes do governo brasileiro.
— Foram muitas reuniões. Uma demanda que trabalhei em conjunto com o prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, e a Associação Comercial do município. Primeiro reunimos os governos e a concessionária, depois o empresariado e, finalmente, chegamos no acordo - detalhou o senador.
Pelo local, passam cerca de 26% de todo o comércio internacional entre o Brasil e a Argentina. Esse ponto de fronteira tem sido a escolha prioritária para a exportação, por via rodoviária, de produtos brasileiros de maior valor agregado.
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