Sem correção nos vencimentos desde novembro de 2014, os professores da rede estadual decidiram intensificar a pressão por um reajuste salarial. Nesta segunda-feira (12), a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schurer, e outros integrantes da entidade entregaram ao presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB), um documento que elenca 27 argumentos em favor do reajuste.
Nas últimas semanas, os núcleos do sindicato no interior do Estado conseguiram a aprovação de moções em apoio ao reajuste em 135 Câmaras de Vereadores. A expectativa é chegar a 200 nesta semana. Em paralelo, o Cpers lançará uma campanha publicitária defendendo a reposição.
Entre os argumentos do sindicato, está o de que a inflação acumulada desde a última correção salarial é de 45,05%. O Cpers também aponta que, desde 2015, a folha dos ativos da Secretaria da Educação encolheu nominalmente em 21%, e a participação nos gastos com pessoal do Estado caiu de 33% para 22%.
A demanda dos professores esbarra na Lei Complementar Federal 173/2020, que veta a concessão de reajustes aos servidores, e na situação fiscal do Estado, que tem um déficit orçamentário projetado em R$ 4,2 milhões para 2022.
Ainda assim, o Cpers afirma que a reposição precisa ser concedida, sob pena de ser postergada por mais tempo caso o Estado consiga aderir ao regime de recuperação fiscal (RRF).
— Se for assinada a renegociação da dívida do Estado, ficaremos mais nove anos sem reajuste. Chegaremos a 16 anos sem reajuste. Portanto, este é o momento, e acho que conseguimos fazer com que o deputado Gabriel se torne um aliado nessa pauta — disse a presidente do Cpers.
O presidente da Assembleia informou que vai intermediar uma reunião do sindicato com o governo do Estado e disse que considera o pedido justo.
— Entendo como uma demanda justa, na medida que trata-se de uma categoria fundamental para a sociedade que, devido à condição financeira do Estado, está com o salário defasado — afirmou Gabriel.
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