Depois de aprovar a lei que acaba com uma prática cruel, que era tratada como esporte em Bagé e em outras cidades da fronteira, a corrida de galgos, a Assembleia Legislativa ganhou um novo mascote. Trata-se de um cãozinho galgo virtual, que ganhou o nome Guri.
A denominação foi escolhida em uma eleição também virtual, em que votaram os seguidores das redes sociais do Legislativo para escolher entre Guri, Bagual e Chima. O mascote já está ajudando a divulgar também as ações da Casa pelo Abril Laranja, mês de alerta e prevenção dos maus-tratos contra os animais.
Veterinário de profissão, o presidente da Assembleia, deputado Gabriel Souza (MDB), explica que a imagem do galgo foi selecionada para ajudar a conscientizar adultos e crianças para os cuidados com os animais em virtude do alto número de indicadores de crueldade registrados no Rio Grande do Sul:
— O Estado vinha sendo território para realização de corridas de cães depois que a prática foi proibida em países vizinhos. Apesar de muitos afirmarem que se trata de um esporte saudável, as corridas causam, inegavelmente, danos físicos e psíquicos aos animais envolvidos.
Gabriel é autor do projeto de lei que proíbe as corridas de cães no Rio Grande do Sul. O texto foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa na última terça-feira (6), após ser reenviado pelo governo do Estado em razão da suspensão das proposições do deputado ao assumir a presidência do Parlamento. Em fevereiro, um decreto do Executivo já havia proibido a prática em território gaúcho.
Por enquanto, Guri só existe nos computadores: os animais de carne e osso que habitam a Assembleia são gatos, tratados por Judite de Quevedo, uma ex-funcionária que trabalhou como enfermeira da Casa durante 27 anos. Judite se aposentou há uma década, mas continua alimentando os animais, inclusive aos fins de semana. Quando não consegue ir à Assembleia, conta com o apoio de funcionários da casa.