Alívio, alegria e esperança de dias melhores são as expressões que o ex-governador Germano Rigotto (MDB) usa para descrever sua sensação depois de receber a primeira dose da CoronaVac. Rigotto foi imunizado nesta quinta-feira (25), em Caxias do Sul, e saiu elogiando o serviço:
— Foi tudo muito rápido. Quinze minutos na fila e já estava liberado.
A esposa Cláudia fez o papel de fotógrafa e registrou o momento em que o marido recebeu a vacina e, depois, quando posou com a carteirinha na mão.
Mesmo quando receber a segunda dose, Rigotto seguirá mantendo os protocolos de distanciamento social, o que inclui as reuniões virtuais em vez do vaivém a que estava acostumado, como conselheiro de empresas e entidades. O cuidado é por Cláudia, que tem 59 anos e vai demorar para se vacinar, pelos filhos, Rafael e Roberta, e pelos dois netos.
— A gente não sabe como essa nova cepa se comporta em cada pessoa. Não podemos vacilar até que ela também esteja imunizada.
A saudade dos netos é a parte mais difícil do isolamento para o casal. Como o filho e o genro trabalham em contato com o público, Rigotto e Cláudia tiveram de suspender até os almoços em família, antes sagrados.
O ex-governador é defensor convicto das medidas restritivas para conter a circulação do vírus e discordou da volta da cogestão, por entender que, com o sistema hospitalar em colapso e o Estado todo em bandeira preta, o governo estadual deveria esperar mais um pouco.
Rigotto acredita que a vacinação vai deslanchar, com o aumento da produção, e que no segundo semestre a economia sentirá o impacto positivo da imunização.
Na muda
O silêncio que o ex-governador José Ivo Sartori (MDB) se impôs desde que deixou o Palácio Piratini é tão radical que nem para falar de um assunto ameno como a vacinação contra o coronavírus ele aceita dar entrevistas.
No MDB, no entanto, Sartori é visto como forte candidato ao Senado, a menos que nas composições políticas o partido tenha de abrir mão da vaga para um aliado em troca de apoio para encabeçar uma chapa ao governo do Estado.
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