Cabo eleitoral dos mais disputados pelos candidatos do MDB nas eleições municipais, o ex-governador Germano Rigotto decidiu ficar fora da campanha deste ano. Não vai gravar áudios e vídeos para programas de rádio e TV, nem tirar fotos com candidatos a vereador ou prefeito, muito menos usar suas redes sociais para pedir votos.
— Em 2016, acho que só o presidente (do partido) Alceu Moreira andou mais por esse Estado fazendo campanha para os candidatos do MDB. Neste ano, com a pandemia, a campanha será virtual, mas decidi não participar porque considero incompatível com o trabalho que venho fazendo pela reforma tributária.
À frente de um instituto apartidário, o Reformar, que estuda questões tributárias, Rigotto não quer se vincular a este ou aquele candidato, porque diz estar a serviço de uma causa que transcende as disputas eleitorais.
— Aceito convites de entidades e de políticos de diferentes partidos para falar sobre questões tributárias, sem preocupação com a orientação ideológica.
Rigotto não gostou da proposta de reforma tributária do governador Eduardo Leite, mas acha que o MDB errou ao fechar questão contra o projeto sem apresentar uma alternativa. Por ter governado o Estado de 2003 a 2006, Rigotto conhece a situação das finanças e não vê como o Estado possa abrir mão de R$ 2,8 bilhões de receita por ano.
Para o ex-governador, Leite deveria ter proposto, mesmo com desgaste político, a prorrogação, por mais dois anos, das alíquotas majoradas no governo do MDB, já que até 2022 o Congresso deve aprovar uma reforma tributária federal.
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