O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Dispostos a arregimentar o apoio necessário para aprovar a reforma tributária na Assembleia, o líder do governo, Frederico Antunes (PP), e o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, começaram a agendar reuniões entre as bancadas partidárias do Legislativo e a equipe da Secretaria da Fazenda. Além dos integrantes da base do governo, os deputados de oposição também serão chamados a contribuir com sugestões para alterações no texto do projeto.
Nesta terça-feira (25), Frederico e Otomar se reuniram para alinhavar os detalhes das reuniões, que devem começar no início da próxima semana.
— Não estamos propondo uma reforma para o governo, mas para o futuro do Estado. Seja governo ou oposição, quem quiser ser gestor do Rio Grande do Sul no futuro quer encontrar um Estado melhor do que está, e não pior — disse o líder do governo, ao lembrar que o governador Eduardo Leite não será candidato à reeleição.
De acordo com Frederico, a carta aberta divulgada nesta terça pela Federasul, que prega a retirada do projeto e o classifica como “uma tentativa de extração de riqueza da sociedade gaúcha”, foi recebida com naturalidade. O deputado, no entanto, disse que o governo espera que as entidades empresariais participem de discussões sobre o aperfeiçoamento do texto, em vez de pregarem a simples rejeição.
— A Federasul já sediou vários debates sobre a importância da reforma tributária no Brasil e no Estado. Se não está de acordo com o pensamento de A, B ou C, nos traga ideias que, se tiverem consistência e cabimento, serão aproveitadas. Ser contra por ser contra não me parece o movimento ideal.
Para a aprovação da reforma na Assembleia, são necessários os votos da maioria dos parlamentares presentes na sessão – se todos os 55 comparecerem, por exemplo, o número a ser obtido é de 28 votos.
Coincidência retórica
Em reunião da subcomissão criada na Assembleia para discutir a reforma tributária estadual, nesta terça-feira, o deputado Fábio Ostermann (Novo) referiu-se à proposta do governo como um "pacote de maldades".
A mesma expressão foi utilizada pelas entidades sindicais para descrever a proposta de reforma nas carreiras e na previdência do funcionalismo, aprovada no início do ano, que o Novo apoiou fervorosamente.
Ostermann criticou o trâmite da reforma em regime de urgência no Legislativo.
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