O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Após uma semana em licença de saúde para recuperação de uma cirurgia de apendicite, o presidente da Assembleia, Ernani Polo (PP), voltou a comandar reuniões do Legislativo. Nesta terça-feira (7) à tarde, Polo presidiu a 13ª reunião do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico, instância de discussão que recebe representantes de diversos setores econômicos.
Na videoconferência, a coordenadora do Comitê de Dados e uma das idealizadoras do plano de distanciamento controlado do RS, Leany Lemos, apresentou informações sobre o impacto da pandemia na economia mundial e sobre o índice de isolamento social no Estado, que voltou a subir no final de junho em razão das condições climáticas e pelo aumento do número de regiões em bandeira vermelha.
De empresários, Leany recebeu queixas sobre os prejuízos sociais e econômicos provocados pelo isolamento e pedidos de flexibilizações. Roberto Mirandoli, diretor da Deltasul, pediu que o comércio de rua seja liberado em regiões com bandeiras vermelha e preta e que eletrodomésticos passem a ser considerados itens essenciais.
— Nem todas as pessoas têm limite disponível no cartão de crédito e podem comprar pela internet — justificou Mirandoli.
A presidente da Federasul, Simone Leite, manifestou contrariedade às restrições de atividades econômicas — a exemplo do que havia feito pela manhã, em entrevista ao Gaúcha Atualidade. A dirigente empresarial reclamou do fato de itens não essenciais serem disponibilizados em supermercados, enquanto lojas que fornecem a mesma mercadoria não podem operar.
Após ouvir empresários e deputados, Leany disse que o governo está preocupado com impactos na saúde e na economia e ponderou que, mesmo com a crise fiscal, o RS tem resultados semelhantes aos do Paraná e de Santa Catarina no combate à pandemia.
— Estamos fazendo a gestão da saúde com muito menos recursos do que esses dois Estados e com resultados bem parecidos — destacou.