O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
No mesmo dia em que vistoriou o modelo dos 98 novos ônibus que serão adquiridos pela Carris, o prefeito Nelson Marchezan participou da sétima reunião de conciliação entre a prefeitura e as empresas de ônibus da Capital. O fórum de discussão foi criado pelo Tribunal de Justiça para que a prefeitura e as concessionárias entrem em acordo sobre processos que envolvem as partes e tramitam no Judiciário.
Devido à crise no sistema de transporte público, aprofundada pela pandemia, Marchezan propôs a construção de um acordo para ajustar o sistema à nova realidade.
Com uma legislação considerada atrasada e o edital com regramento engessado, a ideia é firmar um pacto para a sustentação do sistema por dois anos. Depois disso, a próxima administração seria responsável por conduzir um novo processo de licitação.
Os termos do acordo ainda estão sendo construídos, mas Marchezan admite que a proposta deve envolver o repasse da operação de linhas para a companhia estatal.
— A Carris tem uma dívida de quilometragem com o sistema e deverá quitá-la assumindo essas linhas. Como não pôde aderir aos programas federais (de suspensão de contratos de trabalho, redução de jornada e refinanciamento da folha) como fizeram as empresas privadas, continua com a despesa da folha e pode usar isso como vantagem — explicou o prefeito à coluna.