
Chamado informalmente de 37º vereador por servidores e pelos próprios parlamentares, o diretor legislativo da Câmara de Porto Alegre, Luiz Afonso de Melo Peres, ganhou ainda mais notoriedade nas sessões virtuais do Legislativo.
Se nos últimos 13 anos o diretor manteve cadeira cativa à direita do presidente da vez, para orientar o rito das sessões e “soprar” regras do regimento para resolver impasses em plenário, nas reuniões por videoconferência passou também a colher votos, coordenar a ordem dos discursos e solucionar dúvidas dos vereadores ao vivo.
— Essa demanda se impôs no processo virtual. Ajo sempre delegado pelo presidente (Reginaldo Pujol, DEM), para tornar a sessão operacional – explica Luiz Afonso, fazendo questão de ressaltar que a proclamação de resultados de votações e de decisões da mesa continuam a cargo de Pujol.
Com 41 anos de trabalho na Câmara, a maior parte como servidor de carreira, Luiz Afonso é diretor legislativo desde 2008 e orgulha-se de jamais ter entrado em conflito com algum vereador. Além das sessões de votação, das quais tem participado desde seu gabinete, cuida do andamento dos processos legislativos.
Com planos (agora incertos) de se aposentar no final de 2020, Luiz Afonso se adaptou bem ao novo formato de trabalho, mas não esconde a surpresa:
— Nunca imaginei que, na rabeira, teria um desafio dessa dimensão.