O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Apesar do avanço da pandemia de coronavírus e das diversas medidas restritivas adotadas para evitar a proliferação da covid-19, diversas obras de manutenção e pavimentação de rodovias e de acessos municipais foram mantidas pelo governo do Estado. Desde que os primeiros impactos do vírus começaram a atingir o Rio Grande do Sul, em março, pelo menos seis trechos foram concluídos, quatro ligações asfálticas entraram na fase final, e dois trabalhos em rodovias foram iniciados.
Conforme a Secretaria Estadual de Logística e Transportes (Selt), mais um acesso municipal e duas ligações regionais começarão a sair do papel nos próximos 60 dias. O titular da secretaria, Juvir Costella, estima que cerca de 40 intervenções em estradas gaúchas estão em andamento em todo o Estado.
— Se não garantirmos que as rodovias estejam em condições de trafegabilidade, isso vai causar problemas no transporte, seja para caminhoneiros ou até para a área da saúde — diz Costella.
Entre as obras que tiveram continuidade durante a pandemia está a duplicação da RS-118. Iniciada há 14 anos, a obra atingiu, na semana passada, o status de 90% de conclusão. O trânsito já foi liberado em 16,5 km de pista (do km 5 ao km 21,5) e o governo mantém previsão de entregar toda a rodovia duplicada em dezembro deste ano.
Desde a segunda semana de março, já foram concluídos o viaduto da RS-040, em Viamão, e uma ponte de acesso ao município de Piratini, além dos acessos asfaltados a Capitão e São José do Hortêncio, e no trecho entre Guabiju e São Jorge – os dois últimos ainda não entregues.
Continuam com pavimentação em andamento os acessos a Boqueirão do Leão, Muliterno, Carlos Gomes e Cândido Godói.
Entre março e abril, após a deflagração do surto de coronavírus, foi iniciada a recuperação de sete quilômetros da RS-168 entre Santiago e Bossoroca, e a pavimentação da RS-566, na saída de Alegrete para Maçambará. Nos próximos dois meses, estão agendados o início do acesso municipal a Palmitinho - Pinheirinho do Vale, pela RS-528, e das ligações regionais entre Cambará do Sul e São José dos Ausentes, e entre Nova Roma do Sul e Antônio Prado.
Segundo Costella, as empresas contratadas estão seguindo regras de distanciamento, higienização e redução do quadro previstas no decreto estadual de calamidade pública, e a continuidade das obras está condicionada ao não avanço exponencial de casos de coronavírus.
— Há todo um diagnóstico que a equipe da Saúde está fazendo e o que vai definir a continuidade ou não de cada obra é justamente a situação do contágio e do crescimento de casos em cada região do Estado.
Aliás
O secretário Juvir Costella recebeu diversos pedidos para suspender a cobrança de pedágio nas rodovias estaduais durante a calamidade pública e disse que a possibilidade não foi descartada pelo governo. Costella lembra, no entanto, que é justamente o dinheiro arrecadado nas praças de pedágio que custeia a conservação das rodovias.